Nos escondemos por trás de fachadas no Facebook, MySpace e YouTube, e nos re-inventamos através das nossas fotos de perfil. Estamos por vezes sérios e tolos até que nos transformamos em apreciadores de arte até que voltamos a ser tolos novamente. Nós somos marcas e a nossa publicidade se manifesta em nossas listas de amigos online. Quanto mais legal for o nosso círculo de relacionamento(mesmo que meramente virtual) mais legal nós somos. E fazemos blogs em que dizemos ao mundo o que está na tendência e o que está fora dela, mesmo que seja pra se contradizer seis meses depois. Procurando nos embasar em associações impostas pelos outros. Nós somos aquilo que comemos.
Mas nem sempre foi sempre assim. Houve um momento em que, acredite ou não, você não era alguém até que você fizesse alguma coisa. E isso não significa, praticamente, fazer qualquer coisa. Você tinha que andar na lua ou ganhar uma medalha ou atravessar o São Francisco à remo. Ou você poderia aprender a tocar guitarra (daquelas com cordas, não com botões), assinar um contrato de gravação, fazer um álbum e uma turnê
em seguida, criar a ilusão de que você não era nenhum mero mortal, mas realmente alguém especial. Um Rock Star. Uma lenda viva. Um homem que caiu na terra. Você pode ver onde estamos indo com isso.
em seguida, criar a ilusão de que você não era nenhum mero mortal, mas realmente alguém especial. Um Rock Star. Uma lenda viva. Um homem que caiu na terra. Você pode ver onde estamos indo com isso.
Quando se trata de usar máscaras, ninguém fez isso melhor que Bowie. Na verdade, ninguém sequer chegou perto. Ok, tem o Kiss e talvez o Daft Punk ou o Banksy cheguem lá algum dia. Mas o fato é que nessa época de estrelas de reality shows e ídolos americanos, em que cada homem e cada mulher se contenta com seus 15 minutos, Bowie deu-nos quatro décadas. Tem sido muito completar uma, para dizer o mínimo.